Exposição, com curadoria de Antonio Curti, amplia discussão sobre arte feita com ajuda de computadores
A arte digital equilibra-se entre a exaltação técnica que deslumbra os olhos e a detratação daqueles que veem nas obras feitas no computador pouca profundidade. A exposição Metaversø, que está em cartaz no Farol Santander e tem curadoria de Antonio Curti, supera o embate com um novo fôlego. Os trabalhos apostam em procedimentos diversos e alimentam-se do que vem sendo produzido por alguns grupos distantes do circuito tradicional das artes visuais. Na primeira parte da mostra, no 22o andar, a usual pirotecnia de luzes cede espaço a um movimento tenso de lâmpadas coloridas retangulares que entram com dificuldade em buracos sinuosos — daí o nome da obra: Reta-Curva, do estúdio Sala 28. No 23o andar, Aparato 1010 (acima, 2019), de Vigas, lança mão de espelhos e projeções. Em vez de trilhar o caminho comum de convidar o visitante para uma egotrip de múltiplos reflexos, o artista embarca na ousada tentativa de criar um particular ambiente hexagonal, que se adensa com a trilha sonora. Farol Santander. Rua João Brícola, 24, centro, ☎ 3553-5627. Terça a sábado, 9h às 19h; domingo, 9h às 17h. R$ 20,00. Até 15 de setembro.
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