quarta-feira, 26 de junho de 2019

Prefeitura anuncia revitalização do Vale do Anhangabaú

Conheça o projeto;


A meta é entregar o espaço no centro de São Paulo reformado em junho de 2020, para isso conta com um investimento em torno de R$ 80 milhões


Vale do Anhagabaú: este é um dos 34 projetos do programa de requalificação do centro da capital paulista, que envolve ainda a recuperação do Largo do Arouche, criação dos parques Augusta e Minhocão (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)


São Paulo — O prefeito de São PauloBruno Covas (PSDB), anunciou o início das obras de revitalização do Vale do Anhangabaú, na região central da cidade, que receberá cafés, floriculturas e áreas verdes.
A meta é entregar o espaço reformado em junho do próximo ano, e o investimento será de R$ 80 milhões. A manutenção deve ser realizada pela iniciativa privada.

projeto de revitalização do local começou a ser elaborado em 2013, na gestão Fernando Haddad (PT). Em 2014, bancos, decks de madeira, paraciclos e áreas para atividades culturais chegaram a ser instalados na área. A previsão inicial era de que as obras custariam R$ 100 milhões e teriam início em 2016. A verba viria de recursos da Operação Urbana Centro.


“O projeto vem da administração passada e não tinha sentido jogá-lo no lixo. O objetivo é que o Anhangabaú deixe de ser um espaço de passagem e se torne um ambiente de convivência. Vamos melhorar a acessibilidade e a iluminação com foco no pedestre para que as pessoas se apropriem desse espaço de manifestação cultural e política”, disse Covas.
O projeto prevê a instalação de 850 pontos de jatos d’água, que poderão ser utilizados como fontes luminosas e se tornar uma atração no espaço.
Simulação do Vale do Anhangabaú após a reforma
A realização de shows e eventos e a circulação de pedestres serão mantidas durante as obras. “Não fizemos o fechamento total (do Vale do Anhangabaú). A obra será realizada em etapas”, explicou Fernando Chucre, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano.
De acordo com o secretário, este é um dos 34 projetos do programa de requalificação do centro da capital, que envolve ainda a recuperação dos calçadões do Triângulo Histórico — que compreende as ruas Benjamin Constant, Boa Vista e Líbero Badaró — revitalização do Largo do Arouche, criação dos parques Augusta e Minhocão, assim como o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Setor Central.
“Estamos estudando quais os modelos de concessão que poderiam ser adotados, principalmente para a manutenção do equipamento, considerando que ele pode ser utilizado para a realização de eventos, tem 13 pequenas edificações que podem ser exploradas comercialmente e, no entorno, tem uma série de equipamentos públicos que poderiam ser concedidos”, afirma Chucre.
Simulação do Vale do Anhangabaú após a reforma

Outras obras no centro de São Paulo

Anunciada em 2017 pelo então prefeito e atual governador João Doria (PSDB), a reforma do Largo do Arouche começou em maio, com um ano de atraso. O projeto foi reduzido, e o Mercado das Flores, que seria restaurado, foi retirado da proposta e suas obras incluídas na segunda etapa do projeto, cuja data de início ainda não foi divulgada.
Toda a primeira etapa vai custar R$ 2,3 milhões, valor arrecadado por cerca de 30 empresas francesas. Os recursos foram captados pela Câmara de Comércio França-Brasil e a Associação Viva o Centro. Ao todo, somadas as intervenções com mobiliário e o custo da obra, serão gastos R$ 3,5 milhões.
A previsão da gestão municipal é de que a primeira etapa das obras seja entregue em quatro meses. O local receberá banheiros, boulevard, bebedouros, mais postes de iluminação e bancos, um parque para crianças, uma horta comunitária, uma arquibancada, além de uma base fixa da Polícia Militar e quiosques para a comunidade LGBT e para cuidadores da praça.
No último dia 1º, Doria anunciou que a capital será o primeiro local a receber o programa SP +Bonito, que tem como foco a revitalização de áreas verdes. Na cidade de São Paulo, 200 áreas foram selecionadas para o projeto. Empresas privadas vão ser responsáveis por serviços de limpeza, poda e manutenção de canteiros.




MIRANTE 9 de JULHO



Logo atrás do Masp, descemos sentido Avenida 9 de Julo e já vemos sinais de inovação. 



De um lado da escada que dá acesso ao Mirante, vemos esse banco que homenageia o formato do mapa do Estado de São Paulo; do outro lado, o mesmo tipo de homenagem, mas agora é para estacionamento de bicicletas.




Mas, o que é o Mirante 9 de Julho?



É um espaço com mais de 400m quadrados em formato de corredor que fica no morro entre a Avenida 9 de Julho e o MASP.



A decoração é bem descolada. Vejam de alguns ângulos:




Nesse “corredor” há bares/cafés e lugares sentarmos e apreciarmos a vista. Afinal, é um mirante.



Do lado oposto da vista, temos essa imagem:



Pareceu-me que são dois corredores, um coberto e outro não.



No espaço coberto e com mesas e cadeiras, temos o mirante de fato.



Já estão vendo a vista? Não?


Que tal agora? É a 9 de Julho. O nome do mirante não é enganoso.



Agora que já apresentei o espaço como está hoje, vou tratar da história dele.
Em 1916 foi construído (projeto de Ramos de Azevedo) o clube Belvedere Trianon, espaço que ficava em frente ao Parque Trianon e de onde se tinha uma bela vista da cidade. Na década de 1920 esse espaço era ponto de encontro da elite paulistana, sobretudo os intelectuais. Dizem que as discussões ocorridas no Belvedere deram origem à Semana De Arte Moderna, de 1922. O casarão que abrigava o Belvedere Trianon foi demolido nos anos 1950, e em parte do terreno foi construído o MASP. Vejam uma imagem dessa época:


Percebam que apenas a parte de cima foi demolida, esse espaço em cima do túnel 9 de julho, que e fazia parte do Belvedere, é hoje o Mirante 9 de Julho. 




Não se engane pensando que é apenas mais um lugar para comer, beber, ver e ser visto. É isso também, mas a proposta do Mirante é ser um espaço dedicado a arte e cultura. Atualmente está tendo cinema ao ar livre lá. Haverá outras programações interessantes e mais espaços a serem agregados, pois essa foi apenas a primeira parte da reforma. Para a segunda parte, estão prometidos  os chafarizes da 9 de julho reformados; a terceira parte da reforma promete a construção de uma galeria de arte em cima da laje do mirante. Essa galeria também terá paredes de vidro para manter a ideia de mirante. 
É por essas e outras que adoro São Paulo: sempre tem alguma coisa nova acontecendo.

Baixo do Viaduto Bernardino Tranchesi, 167, Bela Vista
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 22h.

terça-feira, 25 de junho de 2019

BAR DOS ARCOS: CONHEÇA O NOVO BAR NO SUBSOLO DO THEATRO MUNICIPAL

Com a proposta de valorizar a história e a arquitetura do local, Bar dos Arcos tem carta especial de drinques e música instrumental; saiba mais sobre o projeto liderado pelo empresário Facundo Guerra


O projeto que nasceu de um sonho virou realidade. O Bar dos Arcos, localizado no subsolo do Theatro Municipal, se tornou um dos lugares mais aguardados no Centro de São Paulo neste ano. Inaugurado  no dia 20 de dezembro de 2018, o estabelecimento é o mais novo empreendimento liderado pelo empresário da noite paulistana Facundo Guerra. Em entrevista para o A Vida no Centro, ele conta um pouco mais sobre o bar em um dos cartões postais mais famosos da cidade.
“A ideia surgiu quando uma pessoa me enviou uma mensagem de texto contando que havia sonhado que adquiria um bar de jazz nos subsolos do Municipal. Naquela época, há cerca de três anos, eu acabara de sair de uma experiência com a abertura do Mirante 9 de Julho e pensei: ‘Bar no subsolo do Theatro Municipal? Por que não?’ Eu já conhecia o espaço, em uma visita guiada em anos anteriores, e pensei ser uma excelente oportunidade”, afirma Facundo, um dos principais empresários da noite de São Paulo. Assim como o Bar dos Arcos, os demais empreendimentos dos quais ele foi ou é sócio ficam na região central de São Paulo– entre os exemplos estão o Mirante 9 de Julho, Vegas, Lions, Yatch e Cine Joia.



ESPÍRITO DO BAR DOS ARCOS  

De lá para cá, foram reuniões para conhecer o ambiente, viabilizar a operação e orquestrar o projeto. O nome Arcos surgiu em referência às estruturas do local. Na época da construção do espaço, em 1911, não existia cimento. Os arcos romanos sustentam a estrutura com as pedras ligadas por uma “argamassa” feita de conchas, gordura de baleia e areia. O local mantém o formato original e possui o espírito de taberna do século XIX. “O mais importante no bar são os arcos. Tudo faz referência aos arcos. Eu tenho que honrar essa estrutura, essas colunas e essas pedras”, afirma o empresário.
bar é dividido em duas áreas de conveniência. Numa delas estão os balcões comunitários que são retro iluminados. “Nessa ambiência, estamos sendo quase sintéticos. Queremos apenas três elementos: humanos, drinques e arcos. Mais nada”. O balcão serve exatamente para iluminar o drinque, as pessoas e dialoga com a arquitetura dos arcos. Já a segunda área de convivência recebe o mobiliário elaborado por uma das empresas parceiras, a Westwing. A área é composta por peças confortáveis e elegantes, que transformam o ambiente em um espaço mais relaxado, propício às conversas e toda a dinâmica de um bar.

CARDÁPIO E MÚSICA AO VIVO

O cardápio tem petiscos para compartilhar, além de uma carta com drinques clássicos e autorais.
Desde a sua fundação, o Theatro Municipal de São Paulo é referência no cenário artístico, social e cultural brasileiro.  “Somos os primeiros a propor uma nova utilização de um espaço municipal desde a sua inauguração.”
Veja fotos do Bar dos Arcos e do Theatro Municipal:










Bar dos Arcos
Aberto de terça a sábado, das 19h30 às 2h30. Entrada pela lateral do Theatro Municipal, em frente ao Vale do Anhangabaú.



Bar dos ArcosAberto de terça a sábado, das 19h30 às 2h30. Entrada pela lateral do Theatro Municipal, em frente ao Vale do Anhangabaú.